O primeiro web app do Windows Live a ganhar o visual da Wave 3 do Windows Live foi o calendário do Hotmail. Duas gerações depois, parece que ele novamente serve de plataforma de estreia para uma nova "onda".
Quem entrar no calendário, hoje, verá um menu principal simplificado. Enquanto no restante do Windows Live ele é composto por quatro itens (Hotmail, Messenger, Fotos e Office), no calendário apenas três aparecem; os dois últimos foram trocados por simplesmente SkyDrive.
A mudança, sutil, revela as intenções da Microsoft — e mais uma guinada na filosofia do Windows Live. Até a geração atual, o disco virtual da empresa era visto quase como uma plataforma, em cima da qual "módulos" com autonomia própria, como Fotos e Office, eram montados. O próprio nome "SkyDrive" é mantido em segundo plano — no menu corrente, ele só é visto no sub-menu do Windows Live.
A ideia de uma marca para abrigar tudo o que está na nuvem parece ter chegado à Microsoft. Dropbox e iCloud, da Apple, incorporam essa filosofia, até então longe do Windows Live. Seria a abordagem de esconder o SkyDrive uma tentativa de tornar o armazenamento na nuvem mais transparente ao usuário leigo? Ou apenas uma (má) decisão de projeto?
Fato é que, com computação na nuvem em voga e chegando com força ao mercado doméstico, todas as empresas investirão esforços e publicidade nesse aspecto do negócio. Há rumores de que o que os vanguardistas esperavam do Windows 7+Windows Live SkyDrive Wave 4 finalmente acontecerá na dobradinha Windows 8+SkyDrive Wave 5: integração total entre os dois. Arquivos salvos no PC replicados automaticamente na nuvem, disponíveis em todos os lugares, com níveis de privacidade regulados por Windows Live IDs.
Mais uma vez, talvez por subjugar a capacidade de compreensão do seu público, a Microsoft deixa escapar a chance de ser pioneira numa área importante da computação pessoal. Até o Windows 8 e a quinta onda do Windows Live ganharem vida, o iCloud da Apple já estará em pleno funcionamento.
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